Mais uma postagem sobre a presença o "Cordel do Amor Sem Fim" no Palco Giratório Pb.

Cordel do amor sem fim' será encenado na Aldeia Sesc dia 21
Publicado por Lindjane Pereira no site Paraiba.com.br em 13/10/2010 | 11h32 Atualizada em ( 13/10/2010 | 11h33 )
Da asessoria
“Carminha ama José, que ama Tereza, que ama Antônio...” Como no poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, os personagens de Cordel do amor sem fim estão arriscados a não encontrar a felicidade, tamanhos são os desencontros que os rodeiam. Esse é o mote da peça teatral a ser apresentada às 21h30, dia 21 de outubro, na Área de Lazer do SESC Centro João Pessoa, como uma das atrações nacionais da Aldeia Sesc 2010.

Cordel do Amor Sem Fim é encenado pelo grupo O Poste: soluções luminosas e iluminarias, sob direção de Samuel Santos e compondo o elenco Agrinez Melo (Carminha), Nana Sodré (Madalena e Antônio), e Thomaz Aquino (José). Para a entrada no evento solicita-se a doação de um brinquedo novo ou usado (em bom estado) para ser destinado à Campanha Natal Solidário 2010 promovida pelos alunos do curso de Relações Públicas da UFPB em parceria com o Banco de Alimentos do Sesc.

Cordel do amor sem fim é uma obra da escritora baiana, Cláudia Barral, inspirada nos relatos que seu pai fazia sobre a cidade de Carinhanha. Embora o título possa remeter ao gênero cordel como praticado no Brasil, ou seja, rimado e metrificado, Cláudia se baseou na tradição ibérica de dependurar em cordas livros, romances e peças de teatro para serem vendidas. O texto bebe na fonte do contemporâneo e transcende o cotidiano do tema proposto e o coloca em outra perspectiva: a da universalidade da relação e do sentimento no seu estado mais primitivo.

Espetáculo

A peça foi premiada em terceiro lugar pelo prêmio Funarte de Dramaturgia, em 2003. E se passa na cidade de Carinhanha, Sertão baiano, às margens do Rio São Francisco, que de certa maneira é um dos personagens da trama. Na cidade vive três irmãs – a velha Madalena, a misteriosa Carminha e a jovem e sonhadora Tereza –, por quem José é apaixonado.
Drummondianamente, Carminha ama José, que ama Tereza que ama Antônio, um viajante por quem ela se apaixona no porto da cidade, no dia em que um almoço marcaria o pedido de casamento feito por José. O moço promete a ela que irá voltar para buscá-la. Toda a trama então se desenrola em função desse tempo de espera e de esperanças. Tereza é tocada por um desejo sem medida, que a faz viver todos os dias em função dele. A certa altura, ela afirma: “o tempo é coisa que não tem medida”. Contada de uma forma poética e com um final surpreendente, tudo de forma poética.

Grupo
A proposta em dar luz do teatro a dança nasceu em 2004. Com trabalhos premiados no Estado e fora dele. No grupo existe a formação de suas atrizes em licenciatura de artes cênicas pela UFPE, com participação ativa em grupos de pesquisa e investigação teatral.
A Área de lazer do SESC Centro fica na Rua Desembargador Souto Maior, 281, região central da Capital.

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